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Família é despejada de casa por não conseguir pagar aluguel e passa a morar em calçada, em Goiânia

Um casal e o filho de 4 anos estão morando em uma calçada após serem despejados da casa onde viviam, em Goiânia. Como a família não conseguiu pagar o aluguel, teve que sair do imóvel e montou uma barraca do outro lado da rua, ao lado de uma igreja no Setor Central. Vizinhos estão se unindo para conseguiu ajudar os três.

A família está vivendo na calçada há uma semana. Para se proteger do sol e também do frio, o box de uma cama virou uma parede e, por cima, foi colocado um cobertor. Embaixo, alguns colchões, roupas e algumas caixas empilhadas.

A recicladora Sérgia Nogueira contou que, devido à pandemia de Covid-19, o marido, que é pedreiro, perdeu o emprego. Desde então, não conseguiu pagar o aluguel, no valor de R$ 500. Ao todo, foram cinco meses de atraso.

A mulher diz que ver os seus pertences serem jogados na rua a deixou muito triste. Chorando, foi consolada pelo filho.

“Ele disse: ‘Chora não, nós não estamos morando na rua, estamos morando na calçada, meu pai arrumou [uma tenda] para a gente não ficar no sereno’. Ele tem 4 anos, não sabe de nada e fica me amparando, me consolando”, disse Sérgia.

Família é despejada e passa a morar em calçada de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Família é despejada e passa a morar em calçada de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Vizinhos estão ajudando da maneira que podem a família. “A gente está fazendo o máximo que pode. Por exemplo, lavando roupa, porque a roupa deles estava bem sujinha e é muito ruim dormir com roupa de cama suja”, disse a auxiliar de serviços gerais Solange Soares.

Além dos vizinhos, membros da Igreja Presbiteriana Renovada também estão ajudando a família, doando alimentos e tentando um local para que eles possam morar.

A família pede uma oportunidade de emprego. “Quem puder ajudar com um emprego para o meu marido, ele quer trabalhar. Ele é servente, pedreiro, o que mandar fazer ele tem vontade de aprender e faz”, disse Sérgia.

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) informou que uma equipe esteve no local para atendimento da família e propôs que os três fossem para a Casa da Acolhida Cidadã. Porém, Sérgia estava esperando a resposta sobre uma doação que foi prometida.

Caso não consiga o retorno, eles irão para o abrigo oferecido pela prefeitura. “Deixamos nossa equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) à disposição para ela ligar, caso precise dos nossos atendimentos”, disse o órgão.

Por Vitor Santana, G1 GO
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