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Cocal produz 1.500 toneladas de peixes por ano e coloca Canarana entre as maiores pisciculturas de Mato Grosso

Maior parte da produção vem da proprietária da fazenda Cocal, o grupo Bom Futuro

Foto: AGR Notícias

O município de Canarana, berço do rio Xingu no Mato Grosso, entre tantos títulos que possui no agronegócio, é também o quinto maior produtor de peixes do Estado, com mais de um milhão e meio de kg por ano. Praticamente toda essa produção vem da Bom Futuro, proprietária da Fazenda Cocal, onde tem 128 hectares de lâmina d’água.

Foi acompanhado nesse mês de fevereiro, o carregamento de uma carga de sete toneladas. O que chama a atenção é que os peixes são levados até o tanque do caminhão com um equipamento para despesca com sistema de rosca transportadora. Já as redes são puxadas por tratores, devido ao tamanho dos tanques.

Conforme o responsável pelo setor de piscicultura da Cocal, Odivan Martins (Xirú), todo o ano são produzidos mais de 1,5 mil toneladas das espécies Tambatinga e Pintado. Os peixes não são eviscerados e morrem por choque térmico ao caíram no tanque do caminhão cheio de gelo. Os principais mercados são as cidades de Brasília e Goiânia, mas atende também os estados de Tocantins e Pará.

Xirú conta que a temperatura da água na região de Canarana é favorável para a piscicultura. “Quando baixa muito, a temperatura da água fica em 25ºC e isso influencia muito, porque acelera o metabolismo do peixe, que passa a comer mais. O tempo médio para a despesca é de 11 meses, mas aqui conseguimos tirar o peixe com até nove meses”, disse.

Ao todo a Bom Futuro tem cerca de 350 hectares de lâmina d’água para a piscicultura espalhados pelo Mato Grosso. Canarana representa por um terço da produção do grupo, mas a maior parte fica em Campo Verde, onde o PH da água é bom, mas as temperaturas são menores, demandando mais tempo para a engorda.

Na Fazenda Cocal, a maior produção é da Tambatinga, com 700 mil peixes. Da espécie Pintado são 100 mil indivíduos. Os alevinos são colocados nos tanques com peso entre 150 e 300 gramas. A despesca é feita quando cada exemplar alcança entre 1,8 a 2,5 kg. O preço médio de venda do Pintado no atacado é de cerca de 50% mais que o da Tambatinga.

Somente a piscicultura gera mais de 20 empregos na Cocal. Porém, toda a fazenda, conforme nos informou o gerente Silvio Ribeiro dos Santos, produz 24 mil hectares com soja, 12 mil com algodão e 12 mil com milho em primeira e segunda safras, gerando mais de 300 empregos diretos. A Cocal também possui armazém e algodoeira próprios.

Para Xirú, a região de Canarana é muito boa para a piscicultura: “Quem tiver água, pode investir que é certeira. Não tem como errar aqui, é muito bom”.

AGR Notícias
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