Dados ainda revelam que MT tem 2ª maior taxa de mortalidade do país
A possibilidade de surgimento de variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis é preocupante, daí a importância da manutenção das medidas de distanciamento físico social, uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos, além da vacinação. Pela primeira vez, desde o início de dezembro de 2020, nenhum estado apresenta taxa de ocupação superior a 90%.
Mato Grosso é um dos 16 estados que estão em zona de alerta intermediário (≥60% e <80%). Entretanto, o estado tem a segunda pior taxa de mortalidade por Covid-19 do país e está entre as seis piores taxas de incidência entre as unidades da federação.
Entre as capitais, onze estão na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%, entre elas, Cuiabá. Desde o registro dos primeiros casos em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, publica o Informe Epidemiológico sobre a Covid-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá.
Este é o 58º informe produzido, no qual apresentam-se as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 28ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março de 2020 a 17 de julho de 2021. Neste informe, destaque especial será dado ao excesso de óbitos na pandemia de Covid-19 em residentes em Cuiabá.
Destaques do período de 14 de março de 2020 a 17 de julho de 2021
– Foram registrados 96.869 casos de Covid-19 de residentes em Cuiabá, 94,9% recuperados; 8.443 internações e 3.121 mortes. Nas duas últimas semanas (SE 27 e SE 28) foram notificados 1.593 casos, 175 internações e 51 óbitos.
– Houve aumento na média de casos nas duas últimas semanas (SE 27 e SE 28) quando comparado com as duas semanas anteriores (SE 25 e SE 26).
– O número de casos registrados até o dia 17 de julho é 7,6% do esperado para o final do mês.
– A média de idade dos pacientes internados em 2020 era de 56,2 anos de idade e em 2021 foi de 53,6 anos. Entre aqueles que foram a óbito a média de idade em 2020 foi de 65,9 anos e em 2021 de 61,6 anos, indicando o rejuvenescimento da epidemia na capital.
– Entre os pacientes internados com evolução do caso, 41,9% dos idosos (1.440/3.437), 18,0% (874/4.857) dos adultos, e 9,1% (15/164) das crianças e adolescentes foram a óbito.
– Apesar da tendência de redução no número de óbitos nos meses de maio (SE 18 a 22; 02 de maio a 05 de junho de 2021) e junho (SE 23 a 26; 06 de junho a 03 de julho de 2021), ainda há um quantitativo de óbitos elevado, com 28 e 23 óbitos nas SE 27 e SE 28, respectivamente.
– Em 17 de julho observa-se o aumento das taxas de ocupação de leitos de UTI adulto e de UTI infantil (50,0%) e manutenção da taxa de ocupação de leitos de enfermaria na capital.
– A taxa de transmissão do vírus nas duas últimas semanas foi estimada em 1,12, representando uma reversão na tendência de queda apresentada nas semanas anteriores.
– Após cerca de seis meses do início da vacinação na capital, foram aplicadas 326.356 doses, sendo 241.851 com a 1ª dose, 72.702 com a 2ª dose e 11.803 com dose única. Observamos que cerca de 30% das pessoas que receberam a primeira dose já foram imunizadas.
– Em 2020, foi registrado quase 50% a mais de óbitos que nos anos de 2015 a 2019. O cenário se mostrou ainda pior, quando comparamos o primeiro quadrimestre de 2021 com a média no mesmo período de 2015 a 2019 (134,3%).