Terra Indígena Sararé já foi alvo de várias operações da Polícia Federal contra um garimpo ilegal de ouro.
Operação Alfeu apura extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, região de Pontes e Lacerda (MT) — Foto: PF/MT
O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou na última terça-feira (30) uma portaria que autoriza o apoio da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar a Fundação Nacional do Índio (Funai), na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. O local já foi alvo de várias operações da Polícia Federal contra um garimpo ilegal de ouro.
De acordo com a portaria, o apoio da Força Nacional começa nesta segunda-feira (6) e vai até 26 de abril de 2022, mas pode ser prorrogado.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai garantir o apoio logístico e a infraestrutura necessária.
“Autorizar o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Fundação Nacional do Índio (Funai), na Terra Indígena Sararé, no Estado de Mato Grosso, nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, diz trecho da portaria.
PF deflagra a Operação Alfeu 3 para combater garimpos ilegais em terra indígenas em Mato Grosso — Foto: PF/MT
Em maio do ano passado, a Polícia Federal realizou a primeira fase da Operação Alfeu na Terra Indígena Sararé com o objetivo de desocupar o garimpo ilegal de ouro que fica na região. Após a retirada das forças policiais, os garimpeiros invadiram novamente a área.
A segunda fase da operação foi deflagrada em março deste ano para apreender os instrumentos empregados na exploração clandestina. A desocupação foi determinada pela Justiça de Cáceres e foi feita por 50 policiais federais e 110 militares do Exército Brasileiro.
Através de imagens de satélite a Polícia Federal constatou que a região continuava sendo degradada, necessitando assim, nova intervenção policial no local.
Já a terceira fase foi deflagrada em setembro deste ano. A ação, contou com o apoio do Ibama, da Força Nacional, do Exército Brasileiro, da Polícia Rodoviária Federal e da Funai, envolvendo aproximadamente 100 servidores, com o uso de drones e imagens de satélites.