Sentença determinou pagamento de R$ 3,5 mil por danos morais porque mulher fez festa achando que ia receber o resultado no prazo marcado.
Juiz condena laboratório por não entregar resultado de exame de sexo de bebê antes de chá revelação, em Aparecida de Goiânia — Foto: Reprodução/TJ-GO
O Laboratório Atalaia foi condenado a pagar R$ 3,5 mil de danos morais por não entregar o exame de sexo do bebê antes da realização de um chá revelação, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
O G1 entrou em contato com a assessoria do Laboratório Atalaia por telefone, às 8h20 desta quarta-feira (11), e aguarda retorno.
De acordo com a sentença do juiz Leonys Lopes Campos da Silva, a mulher colheu material para o exame em 3 de setembro do ano passado e o resultado ficaria pronto no dia 17 do mesmo mês.
Por isso, ela marcou o chá de revelação do sexo do filho para o dia 19, dois dias depois do período marcada para a entrega. A expectativa fez com que a mulher mantivesse todos os preparativos e o convite realizado aos seus familiares e amigos.
“No entanto, o resultado do exame não só deixou de ficar pronto, como a autora teve que colher novo material para a realização dos exames”, diz a sentença, de 30 de julho.
A decisão ressaltou que na data prevista para a entrega, o material colhido pela mulher sequer foi analisado. A defesa disse no processo que nos “exames de sexagem existe um percentual de 5% de probabilidade de repetição, por inconclusão do exame”, mas não trouxe aos autos qualquer prova nesse sentido, segundo o magistrado.
“Não consta dos autos qualquer laudo inconclusivo do exame realizado pela autora, tampouco a data em que o material colhido no dia 03/09/2020 fora analisado”, escreveu o juiz.
A sentença narra ainda que foi comprovado que a mulher preparou um evento muito diferente daquele que ficou registrado em suas redes sociais por meio de fotos.
“No evento não aparecem o material locado e confeccionado na data marcada inicialmente, tampouco a presença dos familiares e amigos convidados para compartilhar do momento”, ponderou Leonys Campos da Silva.