Da Redação Rádio Aruanã FM
O Itaú BBA divulgou recentemente suas análises sobre o balanço global de oferta e demanda de café, projetando mudanças significativas nos próximos anos. De acordo com o banco, o mercado tenderá a se tornar mais confortável, com um superávit entre produção e consumo aumentando de 1,9 milhão para 4,6 milhões de sacas.
Considerando um aumento de 1% no consumo global, superior aos últimos dois anos, o superávit previsto será mais robusto. Mesmo com um crescimento de 0,5%, o superávit ainda aumentará em 800 mil sacas, mantendo o racional substancialmente inalterado. Esse otimismo é fundamentado na projeção de aumento do consumo global.
O cenário global enfrenta desafios na oferta de cafés robustas, conforme apontado pela Organização Internacional do Café (OIC). A produção global desses cafés estagnou nos últimos três anos, atingindo aproximadamente 75,8 milhões de sacas. Fatores como a estagnação no Vietnã e a redução da produção na Indonésia devido ao clima seco relacionado ao El Niño contribuíram para essa situação.
O Itaú BBA apresentou suas estimativas para a safra de café 2024, destacando um crescimento relativamente modesto na produção global de arábica, cerca de 10 milhões de sacas entre 2021/22 e 2023/24, atingindo um total de 102 milhões de sacas. Apesar das safras contidas de robusta, observou-se uma melhora nas exportações do Vietnã, o maior produtor global, especialmente a partir de dezembro, após um período de embarques mais fracos no final do ano safra 2022/23 e início de 2023/24.
O balanço do Itaú BBA também inclui projeções para os estoques de café. Espera-se um aumento nos estoques finais de 27 para 34 milhões de sacas, representando um aumento de 28,7%. A participação estoque sobre o consumo (E/C) está prevista para atingir 20% em 2024/25.