UFMT segue sem data para retorno das aulas presenciais

Universidade informou que o retorno das aulas está condicionado ao andamento da campanha de vacinação

Após um ano e meio da pandemia causada pelo novo coronavírus, mais da metade dos estudantes – da alfabetização ao ensino superior – de Mato Grosso estão tendo aulas de forma remota. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), as aulas presenciais foram suspensas em março do ano passado e seguem sem previsão de retorno para a modalidade presencial até o momento.

Desde o início da pandemia, um comitê foi criado para trabalhar em conjunto com a Saúde Coletiva e avaliar a situação, para garantir o retorno seguro aos mais de 15 mil membros da comunidade acadêmica, entre professores, alunos e técnicos.

O semestre letivo 2020/2, cujas aulas começaram em 14 de junho, ainda será realizado de modo flexibilizado, assim como foi o semestre 2020/1. A UFMT tem campus no Araguaia, Cuiabá, Sinop e Várzea Grande. O Campus de Rondonópolis foi emancipado, dando origem à Universidade Federal de Rondonópolis.

“A retomada das aulas presenciais se baseia nas informações de apoio oferecidas pelo Comitê de Prevenção da Covid (CPC) da UFMT, que elaborou as diretrizes para retomada de atividades na UFMT após suspensão de atividades no contexto da pandemia. O mesmo divulga semanalmente, uma classificação de fases que devem se manter por quatro semanas. Por estarmos em um estado de vasta extensão territorial, esse panorama deve respeitar o cenário de cada região onde há um campus da UFMT”, informou a universidade, por meio de nota.

Evandro Soares da Silva, reitor da UFMT, destacou que os dados do comitê são contextualizados com informações sobre vítimas e óbitos no Brasil e em Mato Grosso. Com base nesses apontamentos, foi tomada uma decisão de adiar o retorno das aulas presenciais, por considerar que o ambiente ainda não é seguro. A universidade conta com o avanço da vacinação para acelerar seu programa de retomada.

“Temos, desde março de 2020, um comitê de enfrentamento da covid-19, que nos auxilia na tomada de decisões. Este comitê acompanha a evolução da pandemia, faz boletins da situação epidemiológica das regiões de saúde dos campus e já elaborou as diretrizes para retomada de atividades presenciais na UFMT, que devem ser aplicadas por todas as unidades acadêmicas e administrativas, e seguidas conforme a classificação da fase de retomada. Se toda a comunidade for vacinada, a tendência é acelerar a retomada das atividades presenciais”, disse Evandro.

Amanda Laura de Carvalho, estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental que está na reta final do curso, disse ao Estadão Mato Grosso que o modelo de aulas adotado pela universidade ajuda em partes, mas também causa um prejuízo para aquelas atividades que precisam ser desempenhadas de forma presencial.

“Assim como eu, outros colegas de curso sentem o mesmo. Isso é, a necessidade de ter algumas aulas presencias. Entendemos a situação que o país e, principalmente, o nosso estado vive. O esforço dos nossos professores é grande, tendo em vista a nossa situação acadêmica, mas estamos tentando e fazendo o possível para que tudo dê certo”, disse.

A Universidade informou que o retorno das aulas está condicionado ao andamento da campanha de vacinação. Mato Grosso ocupa a 20ª posição no ranking dos estados na campanha. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualizados na segunda-feira (28) às 10h54, Mato Grosso aplicou 1.247.161 doses da vacina. Desse total, 924.255 receberam a primeira dose, e 322.906 estão imunizados com as duas doses.

Por Mak Lucia, Estadão Mato Grosso
Compartilhe este artigo:

Últimas atualizações