A informação de que os profissionais da educação são os que menos procuram a vacina foi divulgada pelo Banco de Dados da Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Vacinação contra Covid-19 em Cuiabá — Foto: SES/Divulgação
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), subsede de Cuiabá, João Custódio, negou a informação de que os profissionais da educação são os que menos comparecem para vacinar contra a Covid-19, conforme dados divulgados pelo Banco de Dados da Secretaria de Saúde de Cuiabá.
“Sobre os profissionais que não compareceram para tomar a vacina, quero dizer claramente que há um desencontro de informações. Não quero fazer críticas aos profissionais da saúde de forma alguma, porque eles têm trabalhado de forma dura na linha de frente da Covid-19, porém há sim um desencontro de informações”, afirmou o presidente da subsede.
Segundo ele, em comunicação com os profissionais do setor, a informação é de que praticamente 100% já compareceram para tomar a primeira dose da vacina na capital.
“Há alguns casos esporádicos que nos relatam, dizendo que entraram no cadastro e justificaram. Alguns tinham tomado a vacina contra gripe, ou estavam gripados, teve gente que estava com Covid e, realmente, esses não puderam tomar, mas são situaçoes esporádicas e muito distantes de 1.541 casos divulgados”, disse ele.
Ele afirmou que a Secretaria de Saúde deve investigar o que está acontecendo e divulgar para a sociedade.
“A Secretaria Municipal de Saúde, ao meu ver, deveria investigar e esclarecer a sociedade para que as pessoas não tenham o olhar que hoje estão tendo para os profissionais da educação, porque é mentira dizer que os profissionais estão se recusando a vacinar. A nossa luta é pela vida, a nossa luta é pela vacina, temos consciência de classe, de cidadania e de coletividade. Aliás, para o Sintep Cuiabá, o profissional que não vacinar, que optar por não vacinar, precisa ser punido, porque o direito dele individual está muito distante do direito coletivo”, afirmou.
Em nota, o Sintep disse que “as vacinas, embora adquiridas tardiamente pelo governo brasileiro – que deliberadamente negligenciou a urgência dessa necessidade – são agora, nosso fio de esperança reascendendo em meio ao caos de saúde pública que se instalou no mundo, e em nosso país, de maneira ainda mais evidente”.
Ainda em nota, o Sintep defendeu o retorno das aulas presenciais somente após a vacinação de toda a população.
“Reiteramos nossa defesa à vida, a nossa credibilidade depositada na ciência na busca pela proteção contra esse vírus que já matou quase meio milhão de brasileiros. Defendemos a vacinação para todos já. Destacamos ainda que somos favoráveis ao retorno das aulas presenciais a partir do momento em que se efetivar essa vacinação e imunização em massa da população e, diante disso, defendemos a responsabilização com sanções cabíveis daqueles e daquelas que, observamos ser a minoria, vierem porventura, se recusar a receber o imunizante”.