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Poder de compra dos suinocultores é preocupante devido à alta do milho em MT

A alta no milho, base da produção, tem aumentado os custos produtivos.

Crise no setor de suinocultura — Foto: Reprodução/NSC TV

Crise no setor de suinocultura — Foto: Reprodução/NSC TV

 

Mesmo com o preço do suíno vivo cotado a patamares recorde, o poder de aquisição do produtor está desfavorável em 2021 devido às valorizações do milho. Em maio deste ano, quando comparado ao início do ano, a relação de troca entre suíno vivo por milho caiu 22,37%.

Em janeiro, com a venda de um quilo de animal vivo era possível comprar 5,14 kg de milho. Em maio essa proporção passou para um quilo animal por 3,99 kg de milho.

A relação de troca do animal vivo pelo milho é a quarta pior considerando a série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) (2010 a 2021), sendo em maio de 2016 o momento mais desafiador para o suinocultor que adquiria 3,79 quilos do cereal com a venda de um quilo do suíno vivo, de acordo com os dados do Cepea ESALQ/BM&FBovespa indicador do suíno vivo.

Já em outras praças do Cepea, como Santa Catarina, o berço da produção suinícola do Brasil, a relação de troca foi ainda mais preocupante. Na parcial de maio/21, com a venda do suíno vivo, o suinocultor catarinense podia obter 3,78 quilos de milho, quando comparado com produtor paulista, o poder de compra é 5,30% menor.

Em Mato Grosso, de acordo com a série histórica do Imea (2019 a 2021), a relação de troca do suíno vivo pelo milho foi menor em 2021, sendo abril o pior mês com a proporção de 1 kg de animal vivo para 4,30 kg de milho.

Com o cenário pessimista do preço do principal produto para alimentação animal, o planejamento é chave para desviar das adversidades da produção. É preciso considerar o reajuste dos preços da proteína no mercado e buscar por insumos mais em conta, que representam 82,12% do custo de produção do suinocultor em abril, segundo o Índice de Custos de Produção (ICP), calculado pela Embrapa Suínos e Aves. Toda essa preocupação enfraquece, sobretudo, os pequenos e médios produtores e a situação é ainda mais preocupante para produtores independentes.

Por G1 MT
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