
No final de novembro do ano passada, o executivo já havia sinalizado sobre o início dos trabalhos na versão do imunizante para combater a nova cepa. “A fábrica já começou a produzir. Esperamos apresentar um produto que proteja mais contra infecções, porque a proteção contra hospitalizações e casos graves é bastante razoável com as vacinas atuais, se você tomou a terceira dose”, afirmou Bourla, acrescentando que são necessários mais estudos para avaliar a necessidade de uma quarta dose, como já é ministrada em Israel e no Chile, que liberaram a aplicação em imunossuprimidos, que inclui portadores de imunodeficiência grave, portadores do vírus HIV, pessoas que fazem tratamento contra o câncer e transplantados.
A Moderna, laboratório americano que também produz uma vacina contra a Covid-19 (não autorizada no Brasil) também trabalha em um imunizante contra a ômicron, conforme sinalizou seu diretor-geral Stéphane Bancel. O imunizante da Janssen se mostrou 84% eficaz na prevenção de internações de profissionais da saúde infectados com a ômicron na África do Sul, país que primeiro identificou a nova cepa, em novembro do ano passado.
Por ser altamente transmissível, a ômicron – classificada como “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – já é prevalente em muitos países e vem registrando números próximos a 2 milhões de novos casos diários no mundo.