Ramira Gomes da Silva chegou à Sorriso na tarde dessa sexta-feira (21), quando foi ouvida pelo delegado responsável pelas investigações.
Ramira Gomes da Silva, 22 anos, mãe do bebê Bryan de apenas 5 meses, que foi encontrado morto com braços e pernas arrancados, confessou em seu primeiro interrogatório na delegacia de Sorriso (420 km da Capital), que assassinou o próprio filho. A criança foi encontrada depois que uma Pitbull o desenterrou no quintal da casa onde moravam.
A acusada foi presa a manhã de terça-feira (18) na cidade de Porto Velho, em Rondônia, no momento em que se preparava para fugir numa embarcação para Manaus. Nessa sexta-feira (21), a mulher foi recambiada para Sorriso e foi ouvida pela primeira vez pelo Delegado Getúlio José Daniel, responsável pelas investigações do homicídio brutal do pequeno Bryan da Silva Otani.
Durante o depoimento, ao ser confrontada com todas as evidências coletadas pelo polícia até o momento, Ramira confessou o crime, mas não relatou as circunstâncias em que matou o filho e insistiu que enterrou o corpo ‘inteiro’ no quintal de casa.
Ramira segue presa na cela da delegacia para poder ser ouvida novamente e, consequentemente, dê mais informações sobre o fato e responda perguntas ainda sem respostas como, por exemplo, onde estão os braços e pernas da criança e o porquê ela executou o próprio filho.
Na próxima semana a assassina deverá ser encaminhada a uma unidade prisional feminina em Cuiabá, onde permanecerá até a conclusão do inquérito.
Perícia
Foi constatado que além de ter os braços e pernas arrancados por incisão, ou seja, cortados por ‘alguém’, o cadáver de Bryan apresentou traumatismo craniano e, segundo informações repassadas ao reportermt, uma lesão na região do pescoço.
As lesões indicam que o menino pode ter sido assassinado com algum tipo de esganadura e pancada na região da cabeça.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) analisou a casa de Ramira duas vezes. Primeiro no momento em que o cadáver foi encontrado, na tarde de segunda-feira (17). No entanto, Dr. Getúlio solicitou uma segunda investigação técnica na terça-feira (18), quando foi usado luminol, reagente químico, que aponta vestígios de sangue mesmo que o local tenha sido lavado.
Com o produto foi possível encontrar vestígios de sangue na pia e no ralo do banheiro da casa de Ramira.
A evidência levanta a suspeita de que o bebê tenha sido esquartejado na pia e depois no banheiro lavado e o sangue jogado no ralo.
Há suspeita ainda de que os restos mortais ainda não encontrados possam ter sido jogados no vaso sanitário.
A prisão
Ramira foi presa na manhã de terça-feira (18) na cidade de Porto Velho, em Rondônia, no momento em que se preparava para fugir de balsa para o Amazonas.
De acordo com as investigações da delegacia de Sorriso (420 km da Capital), a acusada teria deixado o município na sexta-feira (14), a caminho de Cuiabá, onde seguiu viagem para Rondônia. Há desconfiança de que o intuito era se encontrar com a namorada em Manaus e depois se refugiar na Boilívia.
Uma fonte do reportermt relatou que a outra mulher não teria envolvimento no crime. Ramira teria mentido à namorada, falado que tomava conta do bebê, mas não tinha filhos.
Os investigadores estavam monitorando as redes sociais da procurada e constataram que ela estava colocando alguns ‘pertences’ à venda na internet em Porto Velho, constatando que a ‘procurada’ estava na cidade, o que possibilitou a detenção na mesma manhã.
Ela foi ouvida pelo delegado de Porto Velho, Rondônia, Dr. Yuri Medeiros, quando mentiu sobre a morte da criança, alegando causas naturais, porém, confessou ter enterrado o corpo num buraco feito pela Pitbull debaixo do tanque no quintal de casa.
Ela ainda deu outras várias informações não verdadeiras.
Por RepórterMT