Segundo o MP, ela tentou tirar a vida do bebê dando ansiolíticos para ele e, ao perceber que ele havia ficado apenas sonolento, decidiu comprar chumbinhos. Menino de 1 ano precisou ser levado a hospital.
O G1 não conseguiu localizar a defesa da acusada para que pudesse se posicionar sobre o caso. Ela responde ao processo em liberdade.
A denúncia contra a jovem foi aceita na última segunda-feira (20) pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, em substituição na 4ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri da capital. Com isso, a acusada irá responder pelo crime de tentativa de homicídio qualificado com emprego de veneno.
Ao denunciá-la, o promotor de Justiça Geibson Cândido Martins Rezende narra que, no dia 17 de agosto de 2019, a acusada deu quatro comprimidos de um ansiolítico para o filho. Insatisfeita com o efeito do remédios sob a criança, que ficou apenas sonolenta, a jovem decidiu comprar chumbinho para dar ao filho, como conta o promotor.
No entanto, segundo narra a denúncia, o bebê só não morreu porque uma conhecida da acusada chamou o socorro ao se deparar com a jovem no momento que ela adquiriu o veneno em um supermercado. No documento consta que, nesse momento, a mulher percebeu que a jovem estava fora de si e chamou o Corpo de Bombeiros.
“O crime de homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade da denunciada, uma vez que a terceira pessoa, percebendo o comportamento estranho da denunciada e a situação de perigo da criança, acionou o socorro”, escreveu o promotor.
Ainda conforme a denúncia, o bebê foi levado pelos bombeiros para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi submetido a uma lavagem gástrica, devindo ao quadro de intoxicação e, posteriormente, entregue para a avó materna.
Diante disso, o juiz aceitou a denúncia oferecido pela MP-GO e deu um prazo de 10 dias para que a defesa da acusada se manifeste. Caso ninguém se apresente, os autos serão encaminhados para a Defensoria Pública de Goiás.