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Empresária fala em exclusividade pela primeira vez, após ser assediada por servidor do INCRA

 (Crédito: Reprodução.)
A empresária que foi vítima de assédio sexual na última terça-feira (27), por um servidor público do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) da cidade de Confresa, falou pela primeira vez em exclusividade ao site Repórter Agro, esclarecendo e detalhando o trágico fato.

Questionada pelo que de fato aconteceu, a vítima que preferiu não se identificar, relatou que: “ Eu e esse servidor fomos para o Cartório de Primeiro Oficio da cidade de Porto Alegre do Norte em meu carro, visto que o carro da unidade está em manutenção em Cuiabá-MT, (Marca Fiat, Modelo Toro, cor branco). A ida a cidade vizinha foi motiva a resolver pendencias de trabalho.

Durante o deslocamento de Confresa para Porto Alegre, ele perguntou para mim quantos motéis Confresa tinha, eu respondi que eram dois, porém não conhecia nenhum. Após isso, retornamos para assuntos de trabalho até chegarmos ao Cartório de Porto Alegre do Norte.

Após resolver as pendencias no Cartório, ainda no local, conforme mostram a câmera de segurança, o servidor do INCRA, pegou a chave do meu carro que estava pendurada na minha cintura, e disse que queria ver se meu carro era bom para dirigir. Respondi que meu carro era normal, no entanto, ele insistiu e pediu para vir dirigindo o carro no retorno para Confresa e deixei, sem imaginar o que ele faria.

Quase chegando em Confresa, ainda na BR 158, ele pediu licença e pegou no tecido na minha calça, próximo a minha coxa, segundo ele, queria ver qual era o tecido, pois ele disse que não sabia como um jeans entraria no meu corpo. Fiquei assustada, logo após isso, ele tentou pegar o meu celular que estava no banco entre as minhas pernas, ao tentar pegar o celular senti que ele queria pegar em minhas partes intimas e imediatamente pedi respeito e ele parasse com isso.

Minutos após isso, estávamos passando em frente ao motel, e ele simplesmente entrou com o carro e parou na porta do motel, eu pedi para ele ir embora, a princípio sem reação. Disse para ele que minha babá estava me ligando e eu precisava ir embora, ele ignorou meu pedido e ficou parado por uns três minutos na porta do motel, perguntando para mim se tinha que apertar a campainha para entrar no motel, conforme mostram as câmeras de segurança do Montreal Motel.

Eu peguei e mandei mensagem para um amigo, para que me ligasse pedindo que eu fosse até ele, para que essa desculpa fizesse com que esse servidor me levasse embora para casa, no entanto, ele entrou com meu carro da mesma forma dentro do motel. Foi nessa hora que meu amigo me ligou, enquanto ele rodeava o estacionamento do motel com o carro, e entrou na garagem do quarto n06.

Ele desceu do carro e eu permaneci na ligação com meu amigo, dentro do carro. Ele foi lá olhar o quarto, segundo ele tirar fotos e retornou ao carro, fazendo perguntas sem cabimento sobre o motel, e eu ainda permanecia na ligação, foi quando eu desliguei a ligação com meu amigo e liguei para o meu marido e deixei com que meu marido ficasse ouvindo pela ligação o que o servidor me falava ainda na garagem do motel, ele ficava insistindo para que eu descesse do carro e fosse até o quarto, pois disse para mim que o quarto era muito ruim, eu porém falei que não ia descer, que era casada e não queria que outras pessoas me vissem ali, muito menos intenção de trair meu marido.

Eu continuo insistindo para que eu descesse e ficava destravando meu cinto de segurança, mandando eu ir ver o quarto, enquanto ele ficaria no carro me esperando. Daí eu fiquei pedindo para ele ir embora, pois eu não queria ser vista naquele lugar com outro homem que não fosse meu marido. Foi quando a ligação com meu marido caiu e o mesmo me retornou, foi quando mostrei para o servidor que meu marido estava me ligando, ao atender a ligação, ele deu ré no carro e fomos embora para Confresa, nunca me senti tão humilhada em minha vida.

Já dentro da cidade de Confresa, meu marido ainda na ligação ficava me perguntando onde estávamos, até que ele encontrou meu carro e seguiu a gente até a unidade do Incra de Confresa.

Quando a gente chegou lá, imediatamente meu marido foi tirar satisfação com esse servidor do por que ele ter me levado para um motel, o servidor disse para meu marido que só não aconteceu nada por que ele não quis, foi quando os dois começaram uma luta corporal e eu chorando sem poder fazer nada.

O servidor do INCRA correu para dentro da unidade e eu e meu marido fomos para a Delegacia, onde fiz o registro do Boletim de Ocorrências, relatando tudo que disse aqui para os Policiais.

Gente por fim, quero dizer para você mulher que sofre ou já sofreu algum assédio, não se cale, isso é muito triste e humilhante, não é por que somos mulheres que devemos aceitar isso só para nos igualarmos aos homens no mercado de trabalho.

Assim finalizou a empresária em exclusividade a nossa equipe.

Agência da Notícia com Redação Repórter Agro por Tiago Seiffert
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