Vigilante suspeito de estuprar coordenadora em escola tem prisão decretada

Vigilante enviou foto de arma para professora que o denunciou por estupro em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo PessoalDivulgação

Vigilante enviou foto de arma para professora que o denunciou por estupro em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo PessoalDivulgação

O vigilante suspeito de estuprar uma coordenadora de escola na unidade de ensino em que trabalha teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, na terça-feira (5), em Goiânia. O mandado de prisão afirma que ele descumpriu medidas protetivas ao enviar foto de uma arma de fogo e fazer ameaças contra a professora pelo celular.

A delegada Cássia Sertão, que investiga o caso, informou nesta quarta-feira (6) que os supostos vídeos do estupro não foram divulgados e tampouco localizados. A investigação aguarda o resultado da perícia que está sendo feita nos celulares das pessoas envolvidas para saber se existe vídeo ou foto que registrou o crime.

O juiz que decretou a prisão preventiva, Vitor Umbelino Soares Júnior, explicou no mandado que a palavra da professora tem importância especial neste momento do processo.

 

2ª Deam Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher Região Noroeste Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/Agecom

2ª Deam Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher Região Noroeste Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/Agecom

“Revelou-se até o presente momento pessoa agressiva [vigilante] e com elevado grau de periculosidade, tanto que não respeitou as medidas protetivas de urgência fixadas por este juízo”, destacou o magistrado.

 

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público de Goiás. A promotora Rúbian Corrêa Coutinho ressaltou que a liberdade do vigilante representa perigo a integridade física e psicológica da professora.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou em nota enviada em 19 de março, que “afastou imediatamente todos os envolvidos no caso para que não houvesse prejuízo à comunidade escolar”.

Denúncia e investigação

 

A delegada informou que, inicialmente, foi registrada uma denúncia de ameaça de divulgação de imagens íntimas, mas que essas mídias, seja foto ou vídeo, não foram encontradas ou divulgadas.

“Posteriormente, a vítima alegou que o conteúdo do vídeo seria ela sendo abusada sexualmente, dentro da escola, por um servidor, fora do horário de serviço. […] A vítima fala que não se recorda dos fatos, que tomou conhecimento apenas através da notícia da existência do vídeo”, explicou Cássia Sertão.

De acordo com os relatos registrados na Polícia Civil, além da coordenadora que denuncia o caso, estaria envolvido o vigilante, apontado por ela como autor do abuso, e a diretora da escola, indicada pela mulher como a pessoa que teria a gravação.

A delegada explicou que o caso continua sob investigação e testemunhas estão sendo ouvidas. Segundo ela, uma perícia nos celulares dos envolvidos está em andamento para que, se o vídeo existir, ele possa ser localizado.

“Foram ouvidas algumas testemunhas, porém o vídeo não foi divulgado, tampouco localizado. Os celulares das partes envolvidas foram apreendidos […]e só atraves do exame pericial pode ser confirmada a existência ou não do vídeo e, por consequência, a ocorrência ou não do estupro”, completou a delegada.

Por Rafael Oliveira, g1 Goiás
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