Polícia prende suposto líder espiritual acusado de oferecer cura em troca de relação sexual

A polícia prendeu um homem que se autodeclarava líder espiritual em Maringá, no Paraná, nessa terça-feira (30/11/21), acusado de manter relações sexuais com mulheres com promessa de cura.

O delegado responsável pelo caso, Rodolfo Vieira, informou que o acusado foi preso preventivamente e deve responder por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e assédio sexual.

Sete mulheres, incluindo uma adolescente, contaram histórias parecidas em seus depoimentos e a polícia informou que todas apresentavam alguma vulnerabilidade, por idade, classe social ou alguma dificuldade momentânea, como problema de saúde.

“Uma vez identificada essa vulnerabilidade, ele oferecia uma revolução espiritual, um tratamento para esse problema, de uma maneira que ele, como líder supremo dessa cultura e como ‘mestre de ventre’, poderia mediante a conjunção carnal passar essa energia, que iria melhorar e curar essas vítimas”, explicou o delegado.

A polícia informou também que ele negou os crimes, mas com base nos relatos de supostas vítimas e testemunhas, o juiz deferiu a prisão preventiva.

A polícia civil explicou que os supostos abusos eram cometidos durante rituais realizadas em salas reservadas, em um local de prática religiosa nos fundos da casa do acusado.

“Algumas vítimas, felizmente, perceberam que se tratava de uma fraude e se evadira. Eu tive que ouvir duas fora do Paraná porque têm medo de voltar para cá. Porém, algumas se submetiam a essa sessão dessas relações sexuais com fins terapêuticos, acreditando de verdade que seria a única forma de se curar ou de curar alguém da sua família, alguém muito querido”, relatou o delegado, que contou que a prática era realizada durante “banhos terapêuticos”, que eram feitos de forma diferente para homens e mulheres.

Para homens, ele apenas fornecia ervas e a orientação para o banho, enquanto que para mulheres que apresentava interesse, ele mesmo dava o banho, sem roupa. “O que já é totalmente fora de qualquer padrão de religião”, concluiu o delegado.

 

Com informações do G1.
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