Pescadores explicam porque peixes de MT não desenvolvem doença da urina preta

Presidente da Associação dos Lojistas de Caça e Pesca Nilma Silva diz que “doença da urina preta” é gerada por uma toxina em alguns peixes, que se desenvolve com o mal armazenamento.

Diante do surto de casos da “doença da urina preta” em Amazonas, Bahia, Ceará e Pará, muitos mato-grossenses ficaram preocupados com o consumo de peixe.

Em conversa com o Reporter MT, a presidente da Associação dos Lojistas de Caça e Pesca (Alcape-MT), Nilma Silva, diz que moradores de Mato Grosso podem ficar tranquilos pois os pescadores do estado “cuidam bem do pescado”.

“Os pescadores do estado têm o discernimento de que esse peixe é o que vai dar o seu sustento. Automaticamente ele é bem armazenado dentro de isopores, caixas térmicas”, relata.

De acordo com a presidente da Alcape, a “doença da urina preta” é gerada por uma toxina em alguns peixes, que se desenvolve com o mal armazenamento.

“Quando os peixes são mal guardados e o pescado é consumido pelo ser humano, ela se manifesta no organismo da pessoa causando os sintomas”, explica.

“Não houve nenhum caso de peixe de Mato Grosso que tenha causado essa doença. Também não há nenhum caso de mato-grossense que consumiu algum peixe seja daqui ou de outro estado que tenha tido os sintomas”, continua.

Ainda segundo Nilma Silva, a recomendação é sempre comprar peixes de quem confia e deixar bem guardado. “Verificar de onde você compra, se está bem armazenado e quando chegar em casa deixar bem guardado também. Sempre no congelador, no freezer e limpar bem quando for consumir”, termina.

Síndrome de Haff

A doença da urina apresenta sintomas como: extrema rigidez muscular de forma repentina, dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café, pois o rim tenta limpar as impurezas, o que causa uma lesão na musculatura. A doença causa muitas dores musculares, lembrando a dengue, porém sem febre.

Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos.

 

JOÃO AGUIAR, REPORTER MT
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