Mulher finge gravidez e é indiciada por mentir à polícia ao ‘sumir’ com bebê

A mulher fez um outro grave relato: disse que a criança poderia ter sido levada por uma amiga que a acompanhou na unidade de saúde

Por nove meses, Maria Tania da Silva enganou o marido, familiares e amigos dizendo que estava grávida. Agora, terá que responder à Justiça por mentir para a polícia sobre o desaparecimento do filho que nunca existiu.

Há quase 1 mês, Maria Tania esteve na 15ª DP (Gávea) para registrar o suposto desaparecimento do filho recém-nascido no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio.

Além do sumiço, a mulher fez um outro grave relato: disse que a criança poderia ter sido levada por uma amiga que a acompanhou na unidade de saúde. Imediatamente, a polícia abriu uma investigação.

Ofícios foram disparados e pedidos de informações, feitos. A comunicação de Maria Tania também motivou a realização de uma perícia e agentes da 15ª DP saíram às ruas para fazer diligências.

No mesmo dia em que prestou a queixa, em 14 de junho, Maria Tania deu, ainda, uma segunda versão para a história. Disse aos agentes que teria doado a criança à tal amiga, identificada e encontrada pela polícia no dia seguinte.

Ouvida, a amiga acusada de ter furtado a criança ou recebido o bebê como doação contou ter ouvido uma terceira versão sobre o sumiço do recém-nascido. De acordo com ela, Maria Tania contou que o bebê morreu horas depois do parto.

Questionada pela polícia, a amiga disse que não desconfiou de Maria Tania. Para ela, a mulher realmente grávida. As duas trabalhavam juntas.

A mentira sobre o desaparecimento do bebê que nunca existiu não durou muito. Maria Tania acabou revelando aos policiais que tudo não passava de uma farsa.

Medo de término
Depois de desmascarada, Maria Tania contou aos policiais que fingiu estar grávida para que o marido não terminasse a relação.

Ele também foi ouvido pela polícia e afirmou ter sido enganado durante toda a falsa gestação – ou seja, por nove meses. Uma perícia confirmou que Maria Tania não estava grávida.

O homem acrescentou que parentes já haviam dado ao casal presentes para a criança e objetos para adornar o quarto do bebê.

Denunciação caluniosa
Desfeita a confusão, Maria Tania acabou sendo indiciada pela 15ª DP por denunciação caluniosa – quando um falso crime é reportado à polícia.

O delegado titular da unidade, Daniel Rosa, alerta que o crime de denunciação caluniosa é grave e passível de punição. O caso de Maria Tania foi encaminhado ao Ministério Público.

Por G1
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