Motoristas relatam demora de até 72h para travessia do Rio das Mortes em Cocalinho

Ponte de 483 metros está prevista para ser finalizada em julho de 2022, mas até lá, caminhoneiros sofrem diariamente com longos períodos de espera

Se comparada com anos anteriores, a situação dos motoristas que transitam na MT-326, entre Nova Nazaré e Cocalinho, melhorou significativamente. Entretanto, a demora para a travessia do Rio das Mortes, em balsas, ainda é algo com que eles sofrem diariamente, principalmente caminhoneiros.

A reportagem do Semana 7 esteve no local e constatou uma fila de aproximadamente 2km de carretas para atravessarem até Cocalinho.

Conhecida como a rodovia do calcário, a MT-326 recebe obras do governo de Mato Grosso. Entre elas está a ponte sobre o Rio das Mortes, de 483 metros de extensão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT), o empreendimento está sendo realizado no valor de R$ 52,3 milhões, pela empresa Rivoli. A assessoria da pasta confirmou que a obra está 82% concluída, com sua atual previsão para entrega no mês de julho de 2022.

Enquanto ela não termina, a travessia realizada com duas balsas, deixam motoristas, sobretudo de caminhões, aguardando horas e horas na via. Há relatos de até 72h de espera, por conta de manutenção no veículo que realiza o transporte sobre o rio.

Além do aspecto de constante manutenções nas balsas, também há o problema de que elas suportam apenas um bitrem por viagem.

O caminhoneiro Antônio Gomes diz que essa espera é frequente e também relembra os perigos de aguardar na pista, por conta dos outros veículos que ali transitam. “Passam ‘voado’ aqui, levantam poeira e a gente fica esperando a balsa”, disse.

Ele informou que o preço varia de veículo para veículo, podendo chegar até R$ 95,00.

Já para Luiz Miguel, que realiza o trajeto há 20 anos, a apreensão pelo término da ponte é muito grande entre os motoristas. “Nos últimos anos isso aqui melhorou bastante, está quase tudo asfaltado. Terminando a ponte, vai ser uma ‘mão na roda’ pra gente”, finalizou.

João Pedro Donadel, Semana 7

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