O tenente dos bombeiros Igor Fleury contou que, segundo a família, a idosa saiu para buscar lenha, como de costume, por volta das 13h de segunda-feira (19). No entanto, a noite veio e a mulher não havia voltado para casa.

“A família nos procurou à noite e nos organizamos para sair bem cedo no outro dia para procurá-la. Saímos com os familiares dela e fomos vendo que ela deixou um rastro com a lenha que ela ia juntando até chegar a um rio”, contou.

Fleury observou que o terreno pelo qual a idosa caminhou era de muito difícil acesso. Segundo ele, havia trechos de mata densa e outros com muitas pedras que dificultavam a passagem.

“É inimaginável que uma senhora dessa idade tenha passado por ali. Estava de chinela ainda. Até que chegou um momento que não tinha como seguir pelo rio e nos separamos porque já não tinha mais a trilha dela”, disse.

O bombeiro contou ainda que, no meio das buscas, encontraram um dos pés de chinelo que a idosa estava usando. Após horas de caminhada, por volta das 17h da quarta-feira (20) que eles finalmente a encontraram.

“Ela não soube explicar o que aconteceu, já está bem senil, mas estava bem. Não estava machucada, não tinha sinais de hipotermia ou desidratação, mas ela andou cerca de 6 km em um terreno muito complicado”, completou.