Estudante de 19 anos que passou em 2° lugar para medicina na Unemat diz que estudava cerca de 11 horas por dia

Lorena Batista Valenciano, de 19 anos, passou em 2° lugar no curso de medicina na Unemat — Foto: Arqeuivo pessoal

Lorena Batista Valenciano, de 19 anos, passou em 2° lugar no curso de medicina na Unemat — Foto: Arqeuivo pessoal

A estudante Lorena Batista Valenciano, de 19 anos, que passou em 2° lugar no curso de medicina na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) disse que estudava cerca de 11 horas por dia. Ela mora em Mirassol D’Oeste, a 329 km de Cuiabá, e assistia as aulas de forma remota.

Lorena conseguiu 779,88 de média e começava assistir as aulas online às 8h e terminava de estudar às 19h.

“Eu sempre tive disciplina com os horários, mas eu também reconhecia meus limites. Houveram dias em que eu não conseguia estudar pelo cansaço ou alguma outra coisa então eu descansava, mas foram poucos dias”, contou.

Lorena contou que sempre gostou de estudar e teve como objetivo cursar uma faculdade pública. Entre os 13 e 15 anos, decidiu fazer medicina e começou a se dedicar ainda mais nos estudos.

“Eu gosto muito das matérias, amo biologia e química. Sempre quis poder ajudar o próximo e com a medicina eu vejo uma maneira mais direta de fazer isso”, disse.

 

A estudante escolheu o curso de medicina para ajudar as pessoas — Foto: Arquivo pessoal

A estudante escolheu o curso de medicina para ajudar as pessoas — Foto: Arquivo pessoal

A estudante disse que quando terminou o ensino médio conseguiu uma bolsa integral para um cursinho em Cuiabá, mas não conseguiu se manter na capital e ficou apenas dois meses.

Com o início da pandemia da Covid-19, ela voltou para Mirassol D’Oeste e assistia as aulas de forma remota.

“Estudar para vestibular é uma pressão muito grande, a gente nunca sabe se é o suficiente, se vai dar para passar e ter que fazer isso no meio de uma pandemia com pessoas que a gente gosta ficando doentes foi uma pressão muito grande. O abalo psicológico foi muito grande e é preciso ter muita resiliência, tranquilidade e muita fé”, disse.

Nesses dois anos estudando, Lorena contou que já pensou em desistir muitas vezes, mas que a família a motivava sempre. Quando passou, a estudante recebeu várias mensagens de carinho pela conquista.

“Quando passei senti muito alívio, uma sensação de dever cumprido e uma alegria descomunal. Estou até agora sem acreditar. Meus pais ficaram deslumbrados, muito felizes alegres, falando para todo mundo. Todos vieram me abraçar. Foi o dia que mais me senti querida, foram muitas mensagens e fiquei muito emocionada”, contou.

 

Por Caroline Mesquita, g1 MT
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